Desafios do RH na retomada do trabalho presencial

Os desafios do RH na retomada do trabalho presencial são pontuais, mas com uma boa estratégia e implementação das etapas de retorno aos escritórios, os colaboradores da sua empresa podem voltar a desempenhar suas atividades de maneira presencial.


Por mais que ainda existam organizações que deem preferência por continuar com suas equipes trabalhando de maneira remota por mais tempo, existem empresas que não conseguem mais manter os seus colaboradores à distância.

A BBC entrevistou 50 grandes organizações e chegou às seguintes conclusões:

  • 24 das empresas que participaram da pesquisa não têm planos para retornarem às atividades presenciais nos próximos meses;
  • Por outro lado, outras 20 companhias contam que já estão elaborando um plano de retorno gradual dos colaboradores ao ambiente corporativo.

Em relação às empresas de pequeno porte, a não renovação do contrato de aluguel do espaço de trabalho é bastante cogitada. Como resultado, as equipes destas companhias permanecem home office por tempo indeterminado, até porque seus gestores acreditam que é possível manter a cultura organizacional ativa aos colaboradores.

Porém, como visto anteriormente, existem empresas que devem voltar suas atividades em breve por precisarem de suas equipes de maneira presencial na companhia. Neste caso, o Ministério do Trabalho entrega as seguintes orientações;

  • É necessário manter o distanciamento social entre as pessoas quando estiverem nas dependências da companhia;
  • O retorno ao escritório deve ser realizado com cautela e de maneira gradual;
  • É preciso que haja controle na quantidade de colaboradores e clientes dentro da empresa.

A retomada do trabalho presencial nas organizações é mesmo segura?

Algumas organizações ainda se questionam se a retomada das atividades presenciais é mesmo segura, principalmente por ainda estarmos vivendo um momento de incertezas. O fato é que o sentimento de insegurança não acomete apenas os colaboradores, mas também preocupa os gestores, líderes de equipe e o próprio departamento de RH.

O primeiro passo para que ocorra a retomada do trabalho presencial é encorajar a psicologia organizacional no contexto do “novo normal”, proporcionando um ambiente seguro e uma comunicação aberta para ouvir os profissionais e suas necessidades.

No mais, é igualmente imprescindível estabelecer estratégias para driblar os desafios do RH na retomada do trabalho presencial e seguir os cuidados de proteção e recomendações da Organização Mundial da Saúde, assim o retorno se torna o mais seguro possível.

As 5 etapas para a retomada do trabalho presencial nas organizações

As organizações que estão planejando o retorno gradual de suas atividades presenciais seguem cinco etapas de retomada do trabalho presencial em seus ambientes corporativos. Para conhecê-las, acompanhe o conteúdo a seguir.

Etapa #1: a reabertura dos escritórios

Na reabertura dos escritórios, as empresas acomodam, primeiramente, os colaboradores que são essenciais de estarem presencialmente no negócio, como a equipe que integra a área operacional da companhia.

Aqui, o departamento de Recursos Humanos é responsável por calcular a quantidade de colaboradores que podem retornar para a empresa, sendo que é 25% da capacidade total, além de aconselhar os profissionais que utilizam transporte público a continuarem desempenhando suas atividades do cargo home office.

No mais, se houver colaboradores que não são essenciais de estarem presencialmente na empresa, mas querem voltar ao escritório, eles podem se voluntariar para retornarem suas atividades nas dependências do negócio.

Etapa #2: o revezamento de colaboradores

Após o momento em que as recomendações da OMS e as restrições de segurança se tornarem mais flexíveis, se torna possível aumentar a capacidade de acomodação dos colaboradores nas empresas para até 50%.

Assim, o revezamento de equipes se torna uma opção viável para companhias que buscam acomodar todos os profissionais novamente no ambiente corporativo presencial.

O RH, junto dos gestores e da liderança, devem traçar uma estratégia de revezamento para os colaboradores, como por exemplo, realizar o revezamento diário ou, caso encaixe melhor nas necessidades da empresa, quinzenal.

Etapa #3: o estabelecimento de horários flexíveis de trabalho

Na terceira etapa da retomada do trabalho presencial, os colaboradores que fazem uso de transporte público podem começar a voltar a desempenhar suas atividades presenciais também.

O estabelecimento de horários flexíveis dá a oportunidade, a estes profissionais, de garantirem que o trajeto de casa até o escritório seja o menos arriscado possível, evitando horários de aglomeração no transporte público, por exemplo.

Etapa #4: o aumento gradual na quantidade de colaboradores na empresa

Aqui, a recomendação é que os colaboradores que são parte dos grupos de risco continuem em casa, mas para os profissionais que não são, a retomada permanece sendo gradual e a ocupação na empresa sobe para 75%.

Etapa #5: o retorno completo aos escritórios

Com a ocupação gradual aumentando para 90%, essa última etapa pode haver o incentivo da organização para encorajar os colaboradores a voltarem ao ambiente de trabalho presencial. 

É importante que a empresa mantenha-se maleável aos profissionais que preferem continuar suas atividades de maneira remota devido à saúde, independentemente se é por precaução ou por fazerem parte do grupos de risco.

Quais são as recomendações da OMS?

Os cuidados para manter a segurança dos colaboradores e dos clientes nas dependências da organização durante esse período mundial são fundamentais. A Organização Mundial da Saúde pauta várias recomendações, sendo algumas das mais importantes as seguintes;

  • A empresa deve permanecer com as janelas abertas para que o espaço corporativo se mantenha arejado;
  • O uso de máscara é obrigatório para todas as pessoas e a temperatura corporal deve ser aferida diariamente;
  • A higienização com álcool é necessária e a limpeza frequente do ambiente de trabalho com desinfetante também;
  • Durante reuniões corporativas, o número de participantes deve ser reduzido. Se possível, dar preferência por videoconferências;
  • Deve ocorrer a instalação de painéis de separação entre as mesas de trabalho dos colaboradores ou manter essas mesas distantes;
  • É necessário que as equipes sejam estimuladas a levarem suas próprias canecas, copos e talheres para o trabalho;
  • Estabelecer um rodízio de colaboradores que seja planejado pelos gestores, líderes de equipe e pelos profissionais do departamento de RH para realizar a retomada gradual das atividades presenciais da organização.

Como reintegrar os colaboradores novamente à empresa?

Durante esse período mundial, os gestores e líderes de equipe possuem o papel fundamental de reintegrar os colaboradores ao mesmo tempo que se evita conflitos internos, visto que os mais afetados são as pessoas que integram grupos de risco.

Como os profissionais com mais de 60 anos apresentaram maior dificuldade em trabalhar remotamente, estes foram os primeiros a serem demitidos das organizações. Segundo a Bureau of Labor Statistics, a taxa de colaboradores acima de 65 anos que estão trabalhando à distância é de apenas 25,5%.

Seguido disso, pessoas negras, profissionais liberais e indivíduos de baixa renda também sofreram bastante com a pandemia ao serem dispensados de seus trabalhos.

Pensando nesse contexto de preocupação e desigualdade, cabe à liderança corporativa levantar as seguintes questões:

  • A saúde e os regulamentos da OMS autorizam que os colaboradores de alto risco retornem às atividades presenciais?
  • É possível que os colaboradores de alto risco sofram discriminação nas dependências da empresa caso voltem a trabalhar presencialmente?
  • A organização disponibiliza um programa de reciclagem digital para as pessoas que não conseguiram acompanhar as atividades de seus respectivos cargos durante o home office?
  • Existe a oportunidade de trabalhar meio período enquanto o retorno aos escritórios está em andamento?
  • Os colaboradores de alto risco querem voltar a trabalhar de maneira presencial?

Após o levantamento dessas questões, a busca por uma resposta positiva dos colaboradores em relação ao retorno aos escritórios pode ser baseada em duas práticas importantes que a organização deve investir:

  • Conectividade geracional: as pessoas mais velhas recebem apoio e o suporte necessário para se desenvolverem no time, assim como tem a chance de se aprimorarem digitalmente para acompanhar o mercado;
  • Bem-estar físico e psicológico: é essencial que as empresas ofereçam apoio emocional a todos os colaboradores para que as doenças e as condições de saúde sejam combatidas com eficiência, como a ansiedade, a depressão e o burnout.

Conclusão

Como visto neste conteúdo, os desafios que o RH enfrenta na retomada ao trabalho presencial são pontuais e podem ser naturalmente driblados por meio das cinco etapas de retorno aos escritórios. 

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Fonte: Niduu - Disseminando Conhecimento.

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