Conquistar e fidelizar o mercado, melhorar o nível dos colaboradores e promover a melhoria dos negócios. Esses são os motivos para se investir em educação corporativa.
Tanto é verdade que, em 2015, a Deloitte fez um estudo, com 126 empresas, que apontou um avanço do cenário de educação corporativa no Brasil.
Quando a pesquisa foi feita, as lacunas do ensino superior brasileiro e a necessidade de alinhar conhecimento técnico de funcionários às estratégias de negócio, já estavam levando muitas companhias a criar seus próprios núcleos de especialização.
Das 126 organizações que participaram do estudo, 28% já contam com universidade corporativa. E dos 72% que não possuíam, mais de um quarto delas (28%) já demonstravam interesse em criar a estrutura.
Os dados são de quatro anos atrás, porém o ininterrupto avanço tecnológico exige uma atualização permanente dos profissionais. É difícil o meio acadêmico acompanhar esse movimento por completo. Por isso, as empresas precisam assumir e abraçar esse papel de educação.
O Que é Educação Corporativa?
A educação corporativa é o alinhamento do funcionário às estratégias das companhias, mas ela não substitui o ensino tradicional.
Competências técnicas e específicas para realizar um determinado trabalho (hard skills), e as atitudes relacionadas à personalidade (soft skills), requer habilidades que podem ser desenvolvidas na educação corporativa.
Por isso que espaços (físicos ou virtuais) de educação corporativa, criados como complemento para a formação de funcionários, dão a esses colaboradores uma visão segmentada do negócio e da cultura e filosofia de organizações.
A educação corporativa qualifica os profissionais, mas de forma mais assertiva e alinhada aos interesses da empresa.
Por tabela, o funcionário mais bem treinado tem mais chances de se desenvolver e crescer na carreira.
Educação Corporativa nas Empresas
A eficiência na gestão de pessoal, antes de um discurso teórico, está sendo cada vez mais vista pelas empresas como algo fundamental para o crescimento de negócios.
Para inovar, as companhias precisam não só da criatividade. São necessários processos internos bem estruturados, trabalho em equipe e o desenvolvimento de suas habilidades comportamentais. A educação corporativa vem contribuir para a melhoria destes processos.
Por isso, organizações investem em cursos de formação para atender à demanda do mercado, por mão de obra cada vez mais qualificada. Elas não esperam que o sistema educacional ofereça os melhores profissionais recém-saídos dos bancos escolares.
Universidades Corporativas
Para suprir a demanda do mercado de trabalho e reter talentos, grandes corporações vêm investindo em estruturas de treinamento e formação de pessoal, as chamadas universidades corporativas.
Criadas nos EUA, na década de 70, e no Brasil desde o início dos anos de 1990, estima-se, que há três anos existiam entre 400 e 500 estruturas deste tipo no país.
As empresas perceberam que elas proporcionam uma melhor gestão do conhecimento e a preservação desse aprendizado nas companhias.
Antes, as corporações pagavam MBAs e cursos de especialização para seus funcionários e, assim, retinham esses empregados enquanto eles faziam os cursos. Mas, ao mesmo tempo, estavam preparando seus colaboradores para o mercado.
Era mais um plano de carreira pessoal do que um benefício para a organização. Nas universidades corporativas, o conhecimento é direcionado aos objetivos estratégicos das empresas.
Cases de Universidades Corporativas
Mas como funciona a educação corporativa dentro das companhias? Para responder essa pergunta usaremos três exemplos: a Valer – Universidade Corporativa da Vale, a Academia de Excelência Votorantim e a Universidade Petrobrás.
1) Valer
Na Valer, o leque de cursos é amplo. São quase sete mil opções, divididas em dois grupos: o de educação continuada, voltada para os empregados; e os programas de fomento, direcionados ao público em geral.
Nesta última modalidade estão os cursos do Programa de Formação Profissional e o Programa de Especialização, destinados aos aspirantes ao primeiro emprego na mineradora.
A Valer nasceu em 2003, devido a necessidade e mão de obra especializada, tanto em nível técnico, como motoristas para caminhões fora de estrada (usados nas minas), como em nível superior, caso das engenharias de minas e ferroviária.
2) Votorantim
Outro exemplo é a Votorantim, cujo foco é a preparação de líderes, inclusive fora do Brasil. Além de três bases no país - em São Paulo -, Colômbia, Peru, Argentina e Canadá contam com filiais da Academia de Excelência Votorantim.
Elas são voltadas aos funcionários e à capacitação de fornecedores.
Os cursos criam uma identidade global para a companhia e visam a alinhar processos e práticas corporativas, facilitando o diálogo e dando coesão às equipes.
Desde seu lançamento, em 2006, a universidade Votorantim já teve mais de 25 mil participações.
3) Universidade Petrobrás
Na Universidade Petrobrás, as aulas são exclusivamente para funcionários, e todos os empregados concursados passam ao menos uma vez pela instituição, para um curso de ambientação, que dura de três a 13 meses, dependendo da função que desempenharão na companhia.
Treinamento Corporativo
Empresas que estimulam o crescimento de seus profissionais, por meio de treinamento especializado, são cada vez mais reconhecidas pelas boas práticas de gestão. Afinal, uma equipe motivada e alinhada à cultura corporativa faz toda a diferença na conquista de resultados.
A capacitação é um meio de melhorar uma equipe, com fundamentos mais sólidos, fortificando seus conhecimentos e adquirindo novas estratégias de trabalho.
Uma das consequências do treinamento é o aumento da produtividade. Isso acontece quando os funcionários começam a ser receptivos e participativos nos cursos de capacitação, e com isso sua satisfação com a companhia aumenta, logo, a produtividade também.
Outro quesito é o da confiança. À medida em que é criado um sentimento de pertencimento do colaborador com a empresa, o funcionário se sente mais confiante para dar suas opiniões, tomar decisões e propor melhorias para a organização.
Treinamentos com foco em interação, relacionamento e resolução de conflitos também é uma ideia importante para ajudar em situações em que exija um posicionamento.
E há mais uma consequência, que é a motivação: com treinamentos corporativos, é possível o colaborador melhorar sua comunicação com seus companheiros e trabalhar cada vez mais motivados e empenhados a fazer o melhor para a empresa.
Tipos de treinamento corporativo
Para garantir que uma empresa tenha seus colaboradores engajados, fazendo seus trabalhos com satisfação, e diminuindo as chances de erros no dia a dia, é necessário investir em treinamento corporativo.
Durante a capacitação, o funcionário passa por um processo que o auxilia a atingir a eficiência exigida no seu trabalho, por meio do desenvolvimento de habilidades, ações, atitudes, comportamentos, conhecimentos, técnicas, entre outros.
Os treinamentos corporativos podem ser presencial ou à distância, dependendo da necessidade e possibilidade da empresa.
Treinamento corporativo presencial
O treinamento corporativo presencial costuma ser feito com métodos tradicionais, em salas fechadas, com pessoas encarregadas de explicar conceitos por meios de apresentações em Power Point e funcionários atentos a anotar as explicações.
Mas ele pode ser feito também com a utilização de novas tecnologias e suas ferramentas, como aplicativos e softwares.
Leia mais: Dê um ‘upgrade’ nos treinamentos presenciais da sua empresa
E, pode ainda ir muito além disso, quando as companhias estão determinadas a fugir do “lugar comum” quando o assunto é a capacitação de líderes e colaboradores. E nesse contexto vale tudo, desde soluções com blocos de montar (os famosos Legos), culinária e jogos.
Mesmo os métodos inusitados num treinamento corporativo presencial são capazes de oferecer soluções sérias e eficazes para o mundo dos negócios. Sem contar que estimulam o engajamento dos profissionais.
Colaboradores engajados significa funcionários motivados a trazer à tona uma série de percepções antes não observadas e acabam entendendo o real papel deles nas empresas.
Treinamento corporativo à distância
O treinamento à distância nas empresas vem se tornando cada vez mais comum pela facilidade que esta modalidade traz. Ele permite que a empresa quebre barreiras geográficas, que o presencial tem.
Com o ensino à distância, parte dos gastos é reduzida, justamente por não ter a necessidade de ter uma sala alugada, material impresso, salário de professores e palestrantes.
Além disso, em empresas multinacionais, por exemplo, todos os colaboradores podem ter o mesmo tipo de treinamento, mesmo estando em locais diferentes. Isso sem precisar sair de sua cidade ou estado.
Com o treinamento a distância é possível ter:
- Melhora significativa nos resultados pessoais e, consequentemente, coletivos;
- Melhora na qualidade de entrega;
- Aumento de conhecimento e autonomia dos colaboradores;
- Aumento de inovação;
- Engajamento dos colaboradores;
- Melhora nos lucros da empresa;
- Melhora no relacionamento interpessoal;
Técnicas de Treinamentos Corporativos
1) Rodízio de Papéis
O rodízio de papéis é um dos mais conhecidos e utilizados no ramo empresarial e um dos mais simples de ser implementado. Nele, os funcionários fazem um rodízio de funções dentro da companhia. Isso permite que eles criem um sentimento de empatia, além de se capacitarem em outras funções.
E o melhor, o rodízio de papéis pode ser utilizado tanto para fins técnicos quanto comportamentais, pois ao mesmo tempo que o funcionário aprende novas funções ele também tem seu comportamento realçado.
2) Gamificação
Outro exemplo é a gamificação, que vem ganhando cada vez mais força, devido as suas metodologias terem grande grau de retorno positivo.
Gamificar diz respeito ao uso de mecanismos de jogos para resolver problemas ou engajar certos públicos.
O termo vem do inglês gamification, que foi originalmente definido como “o uso de elementos do design de jogos em contextos além do entretenimento”.
3) Programa de Mentoria
Há ainda um exemplo muito comum dentro das companhias que é o programa de mentoria. Esse treinamento é colocado em prática quando um colaborador com mais experiência treina novos funcionários ou os que estão tendo alguma dificuldade.
O programa de mentoria demanda planejamento, pois é necessário observar quais são as necessidades e o que deverá ser transmitido para os profissionais.
Engajamento Profissional
Quando falamos em treinamento, presencial ou à distância, dissemos que ele, conforme for aplicado, estimula o engajamento dos colaboradores. Mas, afinal, o que isso significa?
Um profissional engajado é capaz de apontar problemas e mostrar as soluções. E é isso que as organizações têm procurado: pessoas engajadas que assumam as dificuldades e consigam superá-las.
Não existe limites na busca por profissionais ativos, que estejam sempre melhorando seus trabalhos, diminuindo gastos, maximizando lucros, honrando e carregando o nome da empresa.
Vale destacar que, embora os colaboradores sejam parcialmente responsáveis por seu engajamento no ambiente de trabalho, é função da companhia desenvolver e implementar uma estratégia que impulsione e estimule a participação ativa em algo.
O que é o engajamento profissional?
É um indicador do sucesso alcançado pela organização, apontando a capacidade de sustentação desse êxito. Mas isso não significa que sinônimo de felicidade no ambiente de trabalho, mas de conexão entre o profissional e a empresa.
Colaboradores comprometidos entendem seu papel dentro do processo organizacional, valorizam suas funções e se dedicam para contribuir todos os dias.
O engajamento está diretamente ligado à motivação e, justamente por isso, não é uma característica que pode ser comprada. Para aumentá-lo, é importante permitir que o funcionário adeque sua função às suas competências, forças e ao seu gosto pessoal.
Qual a importância do engajamento profissional?
Ter uma equipe comprometida, empenhada e alinhada com as diretrizes da organização é fundamental para atingir desde as metas mais simples até estabelecer recordes em faturamento ou mesmo negociações importantes.
Se a equipe não acredita nos mesmos ideais, não adianta idealizar procedimentos eficazes de trabalho ou apostar em cursos caros, pois serão investimentos sem retorno.
Por outro lado, quando os profissionais estão comprometidos e alinhados com a missão, visão e valores organizacionais, é possível transmitir esse sentimento para seus clientes e fornecedores.
O retorno disso é imediato: clientes satisfeitos, aumento nos pedidos e crescimento certo.
Como engajar a equipe: dicas práticas
Confira 6 dicas para engajar seus colaboradores:
- Deixe claro para todos os propósitos e os valores da empresa: os funcionários precisam ter a sua missão, visão e valores bem claras da sua empresa.
- Faça um Planejamento de Treinamentos: use pesquisas de clima, avaliação 360 graus e a tecnologia para isso. Softwares colaborativos podem ajudar bastante.
- Desenvolva um ambiente de trabalho agradável.
- Promova o home office. Trabalhar em casa, mesmo que alguns dias por semana, não necessariamente todos, pode ser um enorme ganho de qualidade de vida para seus funcionários.
- Fomente a amizade: promover um relacionamento de amizade entre os funcionários leva a um maior engajamento profissional.
- Promova o crescimento pessoal: crescer junto com a empresa é o grande objetivo de um colaborador engajado.
Além de funcionários engajados, o resultado da educação corporativa em uma empresa é de vender mais, e vender, no século XXI, é educar.
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